"Este ano é para ganhar." Esta é a convicção do grupo de marchantes do Beato, que segundo o responsável, Dino Carvalho, todos os anos tem vindo a evoluir, estando ultimamente nos cinco primeiros lugares..Dino Carvalho revelou ao DN que este ano deram "muito mais atenção à coreografia e ao alinhamento" e referiu com orgulho que a marcha do Beato "já é considerada uma potencial vencedora". .O responsável lamenta que os 30 mil euros fornecidos pela Câmara Municipal de Lisboa não sejam suficientes para os gastos. "Cada metro de tecido pode custar 80 euros. Só os arcos são nove mil e são 12 ao todo", conta. Outra das dificuldades é recrutar marchantes do sexo masculino. "Talvez seja preconceito. Este ano 20 por cento dos homens são novos", lamentou Dino Carvalho..Os ensaios são rigorosos, querem ter a melhor apresentação de sempre. Várias pessoas assistem na plateia, inclusive os padrinhos, Mónica Sofia e Quimbé. O actor sempre de volta dos marchantes vai batendo palmas e animando o grupo. Mónica Sofia, madrinha há dois anos, o ano passado desfilou grávida de quatro meses e refere que iria outra vez, mesmo que estivesse no fim da gravidez. .Apesar de os marchantes estarem empenhados no primeiro lugar, comandar 50 pessoas não é fácil e o ensaiador por vezes tem de fazer uso do apito para que os mais faladores estejam em silêncio. "Ou levam a sério ou não fica bem feito", reclama Nuno Lopes, ensaiador. E em resposta ouve-se uma marchante: "Agora já fiz bem.".A história da capital foi a grande inspiração para as festas de 2010. "Vamos retratar vivências nas ruas da cidade de Lisboa", contou ao DN Nuno Lopes.